terça-feira, 12 de maio de 2009

Elegendo Prioridades - Pr. Sérgio Queiroz

Vivemos em um tempo em que as escolhas se tornam cada vez mais difíceis, pois quanto mais possibilidades nós temos diante dos nossos olhos, mais complexo se torna o processo de priorização do que realmente é importante...

Afinal, quais são as prioridades de nossa vida? O que deve guiar a nossa existência como sendo imprescindível? O que pode ser deixado de lado?
Essa pergunta tem contornos complexos, que nos levam a refletir com mais cautela e sabedoria sobre esse assunto.
Para os céticos, qualquer coisa serve como prioridade, pois ao desconsiderarem o eterno, vêem-se livres para comandar o seu próprio destino, priorizando o que lhes interessa ao ego. Não raro, muitos caem no vazio do desespero.

Como se sabe, Israel foi uma nação fundada por Deus, foi uma Nação que começou com um só individuo (Abraão), o que por si só contraria o curso natural para a formação de um Estado. Assim, a circunstância sobrenatural da intervenção divina deu características especiais aquele povo.

Deus convocou Abraão para ser o Pai de uma grande Nação, cujo centro seria o próprio Criador. Pode-se então afirmar que Israel teve fundamentos teocêntricos desde sua milagrosa fundação, mas nem sempre valorizou esse privilégio.

Após quatrocentos anos de cativeiro no Egito, os descendentes de Abraão, na linhagem do seu neto Jacó, foram libertos por Moisés para que pudessem tomar posse de um território onde Jeová fosse honrado e glorificado.

Com a finalidade de mostrar ao mundo a glória de Israel e do seu Deus, Salomão construiu um maravilhoso templo que foi admirado por todos os povos da terra, mas que foi totalmente projetado pelo Senhor.

Não obstante, a idolatria tomou conta de Israel, levando-o ao cativeiro babilônico e à destruição de Jerusalém e do Santo Templo.
Passadas algumas décadas, Deus decretou, através de Ciro, o retorno à Terra Prometida, mas, infelizmente, o povo deixou de lado a necessária reconstrução do Templo e priorizou os seus próprios interesses.

Falando sobre essa quebra de prioridades, o profeta Ageu escreveu as seguintes palavras: “No segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo: Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada. Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: Porventura é para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica deserta? Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos. Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vesti-vos, porém ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o num saco furado. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos. Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei, e serei glorificado, diz o Senhor. Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu dissipei com um sopro. Por que causa? disse o Senhor dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, enquanto cada um de vós corre à sua própria casa. Por isso retém os céus sobre vós o orvalho, e a terra detém os seus frutos. E mandei vir a seca sobre a terra, e sobre os montes, e sobre o trigo, e sobre o mosto, e sobre o azeite, e sobre o que a terra produz; como também sobre os homens, e sobre o gado, e sobre todo o trabalho das mãos. Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e todo o restante do povo obedeceram à voz do Senhor seu Deus, e às palavras do profeta Ageu, assim como o Senhor seu Deus o enviara; e temeu o povo diante do Senhor. Então Ageu, o mensageiro do Senhor, falou ao povo conforme a mensagem do Senhor, dizendo: Eu sou convosco, diz o Senhor. E o Senhor suscitou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito de todo o restante do povo, e eles vieram, e fizeram a obra na casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus, Ao vigésimo quarto dia do sexto mês, no segundo ano do rei Dario” (Ageu, Capítulo 1).

Da leitura do texto acima, resta claro que a reconstrução do Templo de Deus deve ser a nossa prioridade. Mas, de fato, quem é o Templo de Deus? Onde ele está? Onde encontrá-lo?
Após a revelação de Jesus Cristo ao mundo, seguida do derramamento do Espírito Santo sobre o povo, não resta dúvida de que o velho templo construído por Salomão, reconstruído por Zorobabel e posteriormente edificado por Herodes nos tempos de Jesus, de cuja grandeza só resta o Muro das Lamentações, não passava de uma figura que simbolizava o verdadeiro lugar da habitação de Deus: O coração do seu povo.
O Novo Testamento nos ensina que somos o templo do Espírito Santo. Os que verdadeiramente amam a Deus e reconhecem a Jesus Cristo como único e suficiente salvador se tornam morada do Altíssimo.

Por esta razão, temos que priorizar a nossa relação com Deus, pois dela tudo se torna uma simples conseqüência. Não adianta ganharmos o mundo inteiro e perdermos a nossa alma.
Somos Templo de Deus, e, como tal, precisamos ter uma vida marcada pela pureza, pela dignidade, pela verdade, pelo amor e pela graça. Afinal, somos os embaixadores do Reino de Deus na Terra.
Não é à toa que Jesus Cristo disse: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).
Que Jesus Cristo seja, então, a primeira das nossas prioridades!

Graça e paz!
Pr. Sérgio Queiroz

quinta-feira, 19 de março de 2009

A Arte de Influenciar Pessoas e Impactar Vidas!

O Apóstolo Paulo potencializou a vida e ministério do jovem Timóteo, por meio de princípios bíblicos, experiências práticas e assessoramento contínuo, de tal maneira, que ele veio a se tornar um dos seus mais bem sucedidos cooperadores (1 Tm 2.2). Isso nos faz refletir sobre a necessidade de discipuladores, como Paulo, em nossa geração.

A Arte de Influenciar Pessoas e Impactar Vidas!

Discipular ou mentorear?

Mentor é outra palavra para discipulador. Tanto o mentor como o discipulador consiste em ser um guia, mestre, pai espiritual e conselheiro.

Por que ter um discipulador? Todos nós temos “pontos cegos”, que só as pessoas que andam conosco mais de perto conseguem enxergar, daí elas podem nos ajudar a corrigi-los. Outra grande vantagem de se ter um discipulador é que, se estivermos passando por qualquer tipo de dificuldade, temos onde recorrer para pedir ajuda.

Na visão tanto de Jesus como de Paulo, discipular é multiplicar a si mesmo! O trabalho deles como discipuladores era muito mais do que ter um grupo de estudo e passar informações. Era, sobretudo, uma formação espiritual, onde os discípulos eram equipados e, a partir deles, a vida de Deus fluía para outras pessoas.
É na caminhada do discipulado que entendemos que o negócio não é só plantar! É necessário regar e cultivar, para render frutos.

A melhor palavra que ilustra o processo de um bom discipulado é o verbo grego “aperfeiçoar” (katartizo, Ef 4.12), usado pelos antigos escritores para descrever o ato de um cirurgião pondo no lugar ossos fraturados – junção de ossos deslocados. Este verbo se refere tanto a “consertar o que está quebrado”, como o “aprimoramento do que foi feito”. É isto que acontece no discipulado, segundo o modelo de Jesus e Paulo!

Por que o discipulado é tão Importante?

A igreja “clama” por uma liderança com a visão de discipulado que valorize relacionamentos, que seja padrão dos fiéis no caráter, que influencie pessoas e impacte vidas. Refiro-me a um discipulado que é antagônico ao modelo de ensino tradicional visto nos seminários e institutos teológicos, que é mais teórico, formal, focado mais na mente da pessoa, do que nos relacionamentos.

O verdadeiro discipulado é informal, prático e enfoca mais o coração.

Pois, “O” grande alvo da vida cristã é sermos segundo a imagem de Jesus (Rm 8.29). Mas isto não é possível, sem termos modelos autênticos para seguir. Este modelo é passado por meio de um discipulado sério que promove acompanhamento e avaliação constante da maturidade do discípulo, tendo em vista a reprodução de líderes sadios, no contexto de uma igreja local.

Como fazer um discipulado dinâmico e espiritual?

1º) Observar a pessoa ou o histórico do discípulo, procurando analisar a situação de todos os ângulos possíveis, para ajudá-lo.
2º) Confrontar com amor. O discipulador deve fazer boas perguntas que levem o discípulo a refletir e chegar as suas próprias conclusões rumo às mudanças.
3º) Acompanhar e apoiar o discípulo no processo de mudanças na sua vida, não mandando ou determinando, mas sugerindo ou aconselhando.

Concluindo, discipular é, em essência, influenciar pessoas e impactar vidas! Em busca deste objetivo, devemos seguir o exemplo tanto de Jesus como de Paulo, pois eles valorizavam relacionamentos, eram exemplo de caráter e ajudaram no desenvolvimento pessoal do discípulos.